terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mude Sempre

Mude tudo sempre.
Mude a cor do seu cabelo. Mude o corte, também.
Mude o lugar dos móveis da casa. Mude de casa também.
Mude o trajecto que você faz para ir ao colégio. O do trabalho também.
Mude o sabor da sanduíche predilecta. E do gelado também.
Coma menos carne e mais manga. Menos refrigerante e mais água mineral. Com gás.
Mude o estilo da roupa. Use mais branco. E mais vermelho também.
Mude.
Mude sempre.
Mude os seus sentimentos em relação aos amigos. E aos inimigos também.
Mude os seus cuidados com a pessoa amada. E por quem o ama também.
Mude a sua generosidade pelos que pedem. E mais tolerância com quem se doa a si.
Mude a sua visão do trabalho e com quem você reparte 1/3 de toda a sua vida.
Mude a sua visão da morte, da eternidade e do medo de morrer.
Não culpe nunca ninguém pelo que lhe acontece. Nem deus, nem o diabo nem a sorte.
Mude a sua visão da responsabilidade. Você é o único responsável.
Cuide mais dos amigos, do seu Pai e da sua Mãe também.
Tenha um cão ou um gato. Com o nome bem pequeno.
Deite fora o guarda-chuva. E a ansiedade também.
Às vezes fique só. Gente, o tempo todo, cansa.
E, principalmente,
Mude os cuidados com o seu corpo.
Ele é o seu primeiro e único verdadeiro património.
Sem ele você não muda. Nada.
É no corpo onde habitam todos os verdadeiros desafios.
Ele é todo o seu território no qual são feitas as mudanças.
Então dê-lhe uma verdadeira oportunidade.
Mude-o todos os dias.
Respire mais, flexibilize-o mais, torça-o, distenda-o e, finalmente, relaxe-o.
Depois, medite.
E tudo mudará para sempre.

Joris Marengo

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

As pessoas são como arco-íris...

Confesso que aquele senhor de olhar meio perdido, com uma postura meio irreverente me chamou a atenção, ou não fosse ele o tão conhecido escritor (e médico) António Lobo Antunes. Mas o que poderia ser mais uma entrevista foi também um momento de partilha interior, raro nos últimos tempos em televisão... pelo menos com a autenticidade com que o fez. Falando da doença que o atingiu e de tanto outros temas com a maior naturalidade, conseguiu deixar-me em suspense e até com uma vontade infantil de querer absorver cada palavra.

Não resisto a deixar uma das ideias que o escritor partilhou ali em frente de tantos quantos os que estavam dispostos a ouvi-lo.

"As pessoas são como os arco-íris, nós nunca nos entendemos nas sete cores, mas se nos entendermos em três ou quatro já é muito bom… um casamentos no fundo é isto, são pessoas que são capazes, um homem e uma mulher de se entenderem em quatro ou cinco cores… Então são nessas cores que nos são comuns que temos de viver e respeitar as cores diferentes dos outros.


A entrevista têm aqui.