Aqui deixo um pequeno extracto de um livro que visitou o meu pensamento perante tão belo espectáculo de gaivotas esvoaçando pela linda avenida de Lagos no fim-de-semana passado…
“A dois quilómetros da costa, um barco de pesca fazia carícias nas águas, quando de súbito surge um bando de mil gaivotas lançando-se na luta pelos pedacinhos de comida. Uma gaivota solitária preferiu mergulhar nos espaços azuis do céu para treinar em busca da perfeição. Fernão Capelo Gaivota [na versão original, Jonathan Seagull] era o seu nome. O seu objectivo era a perfeição. Ele acreditava que uma gaivota não nasceu apenas para lutar por alimento, reduzindo a vida apenas nessa corrida descontrolada sem outra perspectiva. Queria voar mais alto, encontrar o desconhecido e bater o seu próprio recorde de velocidade e acrobacias no ar. As outras gaivotas não se preocupavam em aprender mais do que já sabiam. Sabiam voar da costa à comida, isso era bastante. Para elas o importante não era voar, mas comer. Fernão amava voar…”
Tradução do livro Jonathan Livingston Seagull
de Richard Bach
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